Cantora Surya revela novo EP, "Asas"
Artista reflete sobre questões pessoais e universais no novo trabalho
SALA DA NOTÍCIA Nathália Pandeló Corrêa
João Sinhori
Surya faz da sua música um livro aberto de troca de experiências profundamente pessoais. Suas novas canções confessionais formam o EP “Asas”, um convite à libertação e a se jogar no desconhecido. Entre a melancolia e o otimismo, a artista curitibana entrega quatro canções guiadas pelo indie folk, MPB, bossa e jazz, somando a uma discografia crescente e já em uma nova fase de amadurecimento. O álbum está disponível nas principais plataformas de música.
Ouça “Asas”: https://bit.ly/suryaasas
Assista ao lyric vídeo de “Love Will Always Find You Again”: https://bit.ly/3N7tMz3
Surya assina a produção de “Asas” junto a Gabriel Carvalho e traz quatro músicas inéditas, mais uma vez mesclando canções em português e em inglês. A faixa “Love Will Always Find You Again” expressa a raiz do disco: “É sobre dar asas à imaginação, ao amor e à esperança para que possamos alcançar novos lugares”, diz Surya. As faixas em português “Bilhete”, “A Tempo” e “Meu Bem” - esta última, premiada como Melhor Canção no Festival de Pinhais 2022 - flertam com a bossa nova e o samba, com o uso de guitarras e percussões bem marcadas, característica que já havia aparecido no álbum anterior da compositora, “Amor, L'amour, Love”.
Confira o faixa-a-faixa abaixo
“Quando escrevi ‘Asas’ o mundo estava desmoronando. Era 2020, sentíamos medo e ainda não entendíamos muito bem o que estava acontecendo. Aqui dentro, o meu mundo também estava se desconfigurando. Problemas familiares, término de relacionamento, as incertezas da carreira aumentando e, junto a tudo isso, um diagnóstico de TOC – e várias caixas de remédio; justo pra mim que não tomava nem um comprimido para dor de cabeça”, recorda.
“O cenário parecia sombrio, e as circunstâncias nebulosas. Mas a música ainda existia. Meu lugar de refúgio, meu mundo fantástico, minha paz. O lugar onde todas as ideias se alinham e os sentimentos confusos finalmente se organizam em notas”, completa Surya.
O trabalho marca um novo capítulo em uma trajetória que já atesta sua versatilidade criativa. Nascida em Curitiba, Surya é uma artista plural: cantora, compositora, escritora, desenhista e atriz são os seus variados predicados. Iniciou-se na música aos nove anos, autodidata, com a flauta doce e, posteriormente, com o teclado, piano e violão. Aos doze anos vieram as primeiras composições. Atuando em peças teatrais e comerciais, formou-se em teatro em 2016. Em 2017 atuou no elenco principal do longa-metragem nacional “Alice Júnior”, de Gil Baroni.
Em 2018 lançou o seu primeiro EP, intitulado “Moletom”, com 5 músicas autorais. Em 2020 trouxe a público seu primeiro álbum, dividido em dois volumes, “Amor, L'amour, Love” com 18 faixas, contando com composições autorais em português, inglês e francês. Desde 2017, vem acumulando prêmios, como no Festival da Canção de Pinhais (Melhor Canção; Melhor Cantora, este último em três anos consecutivos); e no Curta 8 - Festival Internacional de Cinema Super 8 de Curitiba, pelo clipe “Stop! I’m gonna cut my hair”.
Publicou a sua primeira crônica ainda aos 16 anos, no livro “Antologia – Novos Autores Curitibanos”, e a escrita a acompanha desde então. É assim que a artista compõe suas músicas - através de poemas. Dessa forma nasceu o primeiro EP, em 2018. Naquele mesmo ano, a artista produziu e dirigiu seu show completamente autoral, “Surya e o Mini Espetáculo da Vida”, trazendo canções originais e inéditas, bem como poemas declamados durante o show-espetáculo, junto a reflexões sobre a vida e espiritualidade.
Apaixonada pelos vários tipos de arte, Surya continua a produzir músicas, escritos e até algumas ilustrações, tendo lançado o livro “Se Deixar, Eu Viro Poesia”, onde alguns dos poemas foram posteriormente musicados e compõe os primeiros álbuns, “Amor, L'amour Love (Volume I e II)”. O trabalho fala desse sentimento em três línguas diferentes, indo muito além do amor romântico e do lugar comum.
Agora, a artista alça novos voos com o EP “Asas”, uma coleção de canções onde se conecta com o ouvinte por meio de letras movidas pela vulnerabilidade emocional. Surya abraça as complexidades de ser quem é - e, por meio do autoconhecimento, convida a um mergulho pessoal e sempre profundo.
“Nós somos seres complexos, difíceis e, principalmente, interessantes. Asas é sobre dar vazão a tudo que somos: felizes, tristes, medrosos, confiantes, esperançosos! Dentro de nós há espaço para tudo. Que nossos medos voem pela janela! Que nossas ‘Asas’ se abram para alçarmos voos ainda maiores. Que grande viagem é a vida! É hora de dar ‘Asas’ aos nossos sonhos, deixar o amor entrar e voar com cada vez mais esperança”, resume.
O EP “Asas” está disponível para streaming nos principais serviços de música.
Crédito: João Sinhori
Ficha técnica
Composição: Surya Amitrano
Interpretação: Surya Amitrano
Violão: Gabriel Carvalho
Guitarra: Gabriel Carvalho
Bateria: Gabriel Carvalho
Percussão: Gabriel Carvalho
Piano: Marco Antônio
Baixo: Gabriel Carvalho
Produção: Surya Amitrano e Gabriel Carvalho
Mixagem: Gabriel Carvalho
Masterização: Gabriel Carvalho
Produção executiva: Surya Amitrano
Fotografia da Capa: João Sinhori
Faixa-a-faixa, por Surya:
As músicas vieram aos poucos. “Meu Bem” foi a primeira. Lembro-me da noite em que a escrevi: eu me sentia sozinha, mas a cada acorde que eu tocava no meu violão, a esperança de dias melhores me preenchia. Veio então o refrão: Há de criar raízes / hei de te amar amanhã. / Ou depois. Cantei a canção para minha mãe, depois corri para mostrá-la ao Gabriel, o produtor dos meus discos desde o “Moletom”. Foi a primeira música que compus desde meu último álbum. Ufa, um respiro.
A segunda faixa do “Asas” foi, na verdade, a última música a ser escrita: “Love Will Always Find You Again” (O amor sempre vai te encontrar novamente, em português). Eu ainda estava me agarrando às esperanças e tinha o desejo de evocar o sentimento de alegria e de alívio quando, por fim, o amor te encontra novamente. A intenção era mesmo de escrever uma música sobre o amor romântico – coisa que eu ainda não tinha feito. Eu queria cantar um hino; um hino a todos que um dia deixaram o amor escapar. Um hino aos corações, por ora, solitários; um hino a todos nós que ansiamos por amar e ser amados. E isso, meus amigos, todos nós temos em comum. Essa canção é um lembrete de que o que é nosso por direito há de nos encontrar novamente! Hoje, amanhã ou depois (viu? As músicas todas se conectam!).
“Bilhete”... A terceira faixa do disco. Eu a compus em um dia de tristeza, desesperança e medo. “Eu quero mudar tudo de lugar”, cantei chorando. “Não quero mais me desculpar pelo que se repete”, escrevi, pensando no ciclo obsessivo do TOC que não me deixava em paz. Pela primeira vez eu estava começando a entender a magnitude do transtorno e o quanto ele tinha sabotado as minhas relações; o quanto ele tinha me ferido e ferido os outros. Então escrevi um bilhete endereçado a mim. Coloquei para fora tudo o que me sufocava. Escrevi uma música triste, realmente triste – coisa que eu também ainda não tinha feito. Eu queria viver a tristeza, queria que ela transbordasse, fazendo a minha dor evaporar. Hoje, quando a canto, espero fazer jus a todos que também estão cansados. Aqui é permitido estar triste.
É então que vem a “A Tempo”, a quarta e última faixa do disco. Depois da tempestade, vem o arco-íris. Encontrei os versos “Ainda bem / ainda há tempo / ainda bem / ainda cresço / ainda bem que te vejo em mim” anotados no meu caderno. “Março de 2020”, escrito logo abaixo. Já estávamos em 2021, mas aqueles versos continuavam me chamando. Peguei o meu violão e quis dar vida a uma bossa nova. O verso em inglês veio depois, quando decidi que queria alguém para cantar essa música comigo. Convidei o meu amigo Ian Quint, dono de uma voz grave lindíssima. Era o contraste que eu precisava. Escrevi então o verso “good thing you came, I was so alone” (Que bom que você veio, eu estava tão só) para formar o dueto. “A Tempo” é, por fim, a música mais otimista e esperançosa do disco. É a canção que embrulha e sintetiza todas as outras. É a canção leve e brincalhona que, despretensiosamente, repete seus versos até o final, cantando dias melhores, dias felizes, em que “ainda bem, ainda tenho tempo pra viver”.
Acompanhe Surya:
Spotify: https://spoti.fi/3x2Fa8y
Deezer: https://bit.ly/3twFHz1
YouTube: https://bit.ly/3ayIUaz
Site: https://www.suryamusic.com.br/
Instagram: https://www.instagram.com/surya_music/
SALA DA NOTÍCIA Nathália Pandeló Corrêa
João Sinhori
Surya faz da sua música um livro aberto de troca de experiências profundamente pessoais. Suas novas canções confessionais formam o EP “Asas”, um convite à libertação e a se jogar no desconhecido. Entre a melancolia e o otimismo, a artista curitibana entrega quatro canções guiadas pelo indie folk, MPB, bossa e jazz, somando a uma discografia crescente e já em uma nova fase de amadurecimento. O álbum está disponível nas principais plataformas de música.
Ouça “Asas”: https://bit.ly/suryaasas
Assista ao lyric vídeo de “Love Will Always Find You Again”: https://bit.ly/3N7tMz3
Surya assina a produção de “Asas” junto a Gabriel Carvalho e traz quatro músicas inéditas, mais uma vez mesclando canções em português e em inglês. A faixa “Love Will Always Find You Again” expressa a raiz do disco: “É sobre dar asas à imaginação, ao amor e à esperança para que possamos alcançar novos lugares”, diz Surya. As faixas em português “Bilhete”, “A Tempo” e “Meu Bem” - esta última, premiada como Melhor Canção no Festival de Pinhais 2022 - flertam com a bossa nova e o samba, com o uso de guitarras e percussões bem marcadas, característica que já havia aparecido no álbum anterior da compositora, “Amor, L'amour, Love”.
Confira o faixa-a-faixa abaixo
“Quando escrevi ‘Asas’ o mundo estava desmoronando. Era 2020, sentíamos medo e ainda não entendíamos muito bem o que estava acontecendo. Aqui dentro, o meu mundo também estava se desconfigurando. Problemas familiares, término de relacionamento, as incertezas da carreira aumentando e, junto a tudo isso, um diagnóstico de TOC – e várias caixas de remédio; justo pra mim que não tomava nem um comprimido para dor de cabeça”, recorda.
“O cenário parecia sombrio, e as circunstâncias nebulosas. Mas a música ainda existia. Meu lugar de refúgio, meu mundo fantástico, minha paz. O lugar onde todas as ideias se alinham e os sentimentos confusos finalmente se organizam em notas”, completa Surya.
O trabalho marca um novo capítulo em uma trajetória que já atesta sua versatilidade criativa. Nascida em Curitiba, Surya é uma artista plural: cantora, compositora, escritora, desenhista e atriz são os seus variados predicados. Iniciou-se na música aos nove anos, autodidata, com a flauta doce e, posteriormente, com o teclado, piano e violão. Aos doze anos vieram as primeiras composições. Atuando em peças teatrais e comerciais, formou-se em teatro em 2016. Em 2017 atuou no elenco principal do longa-metragem nacional “Alice Júnior”, de Gil Baroni.
Em 2018 lançou o seu primeiro EP, intitulado “Moletom”, com 5 músicas autorais. Em 2020 trouxe a público seu primeiro álbum, dividido em dois volumes, “Amor, L'amour, Love” com 18 faixas, contando com composições autorais em português, inglês e francês. Desde 2017, vem acumulando prêmios, como no Festival da Canção de Pinhais (Melhor Canção; Melhor Cantora, este último em três anos consecutivos); e no Curta 8 - Festival Internacional de Cinema Super 8 de Curitiba, pelo clipe “Stop! I’m gonna cut my hair”.
Publicou a sua primeira crônica ainda aos 16 anos, no livro “Antologia – Novos Autores Curitibanos”, e a escrita a acompanha desde então. É assim que a artista compõe suas músicas - através de poemas. Dessa forma nasceu o primeiro EP, em 2018. Naquele mesmo ano, a artista produziu e dirigiu seu show completamente autoral, “Surya e o Mini Espetáculo da Vida”, trazendo canções originais e inéditas, bem como poemas declamados durante o show-espetáculo, junto a reflexões sobre a vida e espiritualidade.
Apaixonada pelos vários tipos de arte, Surya continua a produzir músicas, escritos e até algumas ilustrações, tendo lançado o livro “Se Deixar, Eu Viro Poesia”, onde alguns dos poemas foram posteriormente musicados e compõe os primeiros álbuns, “Amor, L'amour Love (Volume I e II)”. O trabalho fala desse sentimento em três línguas diferentes, indo muito além do amor romântico e do lugar comum.
Agora, a artista alça novos voos com o EP “Asas”, uma coleção de canções onde se conecta com o ouvinte por meio de letras movidas pela vulnerabilidade emocional. Surya abraça as complexidades de ser quem é - e, por meio do autoconhecimento, convida a um mergulho pessoal e sempre profundo.
“Nós somos seres complexos, difíceis e, principalmente, interessantes. Asas é sobre dar vazão a tudo que somos: felizes, tristes, medrosos, confiantes, esperançosos! Dentro de nós há espaço para tudo. Que nossos medos voem pela janela! Que nossas ‘Asas’ se abram para alçarmos voos ainda maiores. Que grande viagem é a vida! É hora de dar ‘Asas’ aos nossos sonhos, deixar o amor entrar e voar com cada vez mais esperança”, resume.
O EP “Asas” está disponível para streaming nos principais serviços de música.
Crédito: João Sinhori
Ficha técnica
Composição: Surya Amitrano
Interpretação: Surya Amitrano
Violão: Gabriel Carvalho
Guitarra: Gabriel Carvalho
Bateria: Gabriel Carvalho
Percussão: Gabriel Carvalho
Piano: Marco Antônio
Baixo: Gabriel Carvalho
Produção: Surya Amitrano e Gabriel Carvalho
Mixagem: Gabriel Carvalho
Masterização: Gabriel Carvalho
Produção executiva: Surya Amitrano
Fotografia da Capa: João Sinhori
Faixa-a-faixa, por Surya:
As músicas vieram aos poucos. “Meu Bem” foi a primeira. Lembro-me da noite em que a escrevi: eu me sentia sozinha, mas a cada acorde que eu tocava no meu violão, a esperança de dias melhores me preenchia. Veio então o refrão: Há de criar raízes / hei de te amar amanhã. / Ou depois. Cantei a canção para minha mãe, depois corri para mostrá-la ao Gabriel, o produtor dos meus discos desde o “Moletom”. Foi a primeira música que compus desde meu último álbum. Ufa, um respiro.
A segunda faixa do “Asas” foi, na verdade, a última música a ser escrita: “Love Will Always Find You Again” (O amor sempre vai te encontrar novamente, em português). Eu ainda estava me agarrando às esperanças e tinha o desejo de evocar o sentimento de alegria e de alívio quando, por fim, o amor te encontra novamente. A intenção era mesmo de escrever uma música sobre o amor romântico – coisa que eu ainda não tinha feito. Eu queria cantar um hino; um hino a todos que um dia deixaram o amor escapar. Um hino aos corações, por ora, solitários; um hino a todos nós que ansiamos por amar e ser amados. E isso, meus amigos, todos nós temos em comum. Essa canção é um lembrete de que o que é nosso por direito há de nos encontrar novamente! Hoje, amanhã ou depois (viu? As músicas todas se conectam!).
“Bilhete”... A terceira faixa do disco. Eu a compus em um dia de tristeza, desesperança e medo. “Eu quero mudar tudo de lugar”, cantei chorando. “Não quero mais me desculpar pelo que se repete”, escrevi, pensando no ciclo obsessivo do TOC que não me deixava em paz. Pela primeira vez eu estava começando a entender a magnitude do transtorno e o quanto ele tinha sabotado as minhas relações; o quanto ele tinha me ferido e ferido os outros. Então escrevi um bilhete endereçado a mim. Coloquei para fora tudo o que me sufocava. Escrevi uma música triste, realmente triste – coisa que eu também ainda não tinha feito. Eu queria viver a tristeza, queria que ela transbordasse, fazendo a minha dor evaporar. Hoje, quando a canto, espero fazer jus a todos que também estão cansados. Aqui é permitido estar triste.
É então que vem a “A Tempo”, a quarta e última faixa do disco. Depois da tempestade, vem o arco-íris. Encontrei os versos “Ainda bem / ainda há tempo / ainda bem / ainda cresço / ainda bem que te vejo em mim” anotados no meu caderno. “Março de 2020”, escrito logo abaixo. Já estávamos em 2021, mas aqueles versos continuavam me chamando. Peguei o meu violão e quis dar vida a uma bossa nova. O verso em inglês veio depois, quando decidi que queria alguém para cantar essa música comigo. Convidei o meu amigo Ian Quint, dono de uma voz grave lindíssima. Era o contraste que eu precisava. Escrevi então o verso “good thing you came, I was so alone” (Que bom que você veio, eu estava tão só) para formar o dueto. “A Tempo” é, por fim, a música mais otimista e esperançosa do disco. É a canção que embrulha e sintetiza todas as outras. É a canção leve e brincalhona que, despretensiosamente, repete seus versos até o final, cantando dias melhores, dias felizes, em que “ainda bem, ainda tenho tempo pra viver”.
Acompanhe Surya:
Spotify: https://spoti.fi/3x2Fa8y
Deezer: https://bit.ly/3twFHz1
YouTube: https://bit.ly/3ayIUaz
Site: https://www.suryamusic.com.br/
Instagram: https://www.instagram.com/surya_music/
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